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Como Investir na Bolsa em Portugal: Passo a Passo

Investir na Bolsa em Portugal

Como Investir na Bolsa em Portugal: Passo a Passo

Começar a Investir na Bolsa em Portugal pode parecer uma dor de cabeça, mas a verdade é que nunca foi tão fácil investir sem perder tanto tempo, seja em Portugal, ou no Resto do Mundo.

No entanto, vale referir que investir pode gerar lucros atrativos, mas também tem os seus riscos. Num mercado cheio de oportunidades, também é verdade que existem imensas posições carregadas de risco, e isto não é um jogo. Muitos desistem devido à falta de conhecimento e tempo para acompanhar o mercado.

Para ter sucesso, é importante saber algumas coisas que vamos abordar aqui hoje.

1- Qual o risco que estou disposto a aceitar?

Investir em ações implica lidar com grandes oscilações de preço, refletindo sobre a sua alta volatilidade. É necessário ponderar se se está confortável com estas flutuações e se está preparado para o risco de algumas ações nunca recuperarem seus valores anteriores.

Em casos de perdas significativas, podemos sofrer imenso. Por exemplo, durante a crise de 2009, e no início da Pandemia do COVID19, as bolsas mundiais sofreram quebras enormes.

Por outro lado, em algumas das maiores empresas do mundo, os meses posteriores acabaram por trazer retornos superiores aos vistos antes destes eventos.

Aceitar riscos não significa ser passivo. Medidas preventivas podem ser tomadas para minimizar perdas, como diversificar o investimento em vários setores e mercados geográficos. Durante a pandemia, vimos como diferentes setores reagiram de maneira distinta: enquanto o turismo e o transporte aéreo sofreram, o setor tecnológico prosperou com a digitalização da economia.

2- Tipos de Investimentos na Bolsa: ETFs, Ações, REITs

Graças às tecnologias, hoje em dia é possível investir em poucos passos. Alguns dos exemplos de investimentos são ETFs, REITs, e o mais complexo, as Ações.

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Investir em ações pode gerar grandes retornos, mas também grandes perdes. Neste sentido, foram criados os REITs e ETFs, que nos permitem investir de forma simples, sem uma pesquisa e conhecimento tão grande.

No caso dos ETFs, temos alguns que seguem o S&P500 (Maiores Empresas dos Estados Unidos) ou o MSCI World (Maiores Empresas Mundiais). Este tipo de investimento, acaba por reduzir um pouco o risco, já que falamos de indíces que têm tido um crescimento constante ao longo dos últimos anos, e as poucas quedas que tiveram, acabaram po ser recuperadas com o tempo.

Os REITs é exatamente o mesmo, já que se tratam de fundos de investimento que por norma também não têm grande oscilações. No entanto, sendo fundos de investimento em imobiliário acabam por sofrer negativamente com as taxas de juros elevadas.

2- Tenho pelo menos 1 000 euros para investir?

Ter algum dinheiro de parte para investir é sempre importante, dinheiro esse que não lhe faça falta no dia a dia.

Diversificação é um ponto importante, seja no portefólio de investimentos, ou apenas a investir em ações, a diversificação é importante, para que caso numa das empresas onde investe vá à falência, nunca perder o capital todo.

A lógica é simples: os ganhos potenciais de algumas ações podem compensar as perdas de outras.

As empresas escolhidas, devem ser sempre diversificadas entre algumas que têm dado até agora menos risco, como o McDonalds, ou lá está, um ETF do S&P 500, e outras mais arriscadas, em que não haja muito passado de base.

3- Qual é o meu horizonte de investimento?

Investir na bolsa em Portugal, especial em ações, é uma arte complexa, onde a previsão a curto prazo escapa até mesmo aos investidores mais experientes. O frenesi do day trade atrai poucos e raros têm sucesso.

Quanto mais breve o investimento, mais especulativo se torna. Estratégias falham em certos momentos, exigindo aceitação de desempenho inferior. Incertezas económicas e eventos imprevistos são constantes.

O horizonte de investimento, idealmente uma década, suaviza impactos de eventos de curto prazo. Considerar idade, situação financeira e profissional é crucial. Investimento a longo prazo é a regra, nunca se endividando para ingressar nos mercados.

4- Já tenho um fundo de emergência e uma carteira diversificada?

A base de qualquer estratégia de investimento é a diversificação da carteira. Fundos de investimento (como ETFs e REITs) facilitam essa meta mais do que ações individuais. A sua carteira deve abranger fundos de ações (com diversas localizações e setores) e fundos de obrigações (em várias moedas, de emissores públicos e privados).

Além disso, reservar parte do portfólio para contas de poupança, dívida pública, seguros, entre outros, é crucial. Manter o equivalente a vários meses de salário (pelo menos seis) em produtos financeiros de baixo risco, como depósitos, garante preparo para imprevistos como desemprego, doença ou despesas inesperadas.

Só então, após essa base sólida e diversificada, se deve considerar investir em ações individuais, utilizando apenas parte do património disponível.

O fundo de emergência deve conter o equivalente a 6 meses do nosso próprio consumo. Por exemplo, se gasto todos os meses 600€ em alimentação, casa (ou quarto) e contas, deve ter guardado no fundo de emergência 3 600€ (6).

5- Tenho tempo para aprender? Que ações escolher?

Investir em ações exige pesquisa e conhecimento, não necessariamente estar constantemente na frente do computador, mas estar informado sobre as suas escolhas e o mercado em geral.

Para iniciantes, é desaconselhável aventurar-se sozinho. Ler livros, passar tempo no Youtube, ou até mesmo investir em cursos podem ser excelentes opções.

Relativamente a livros, aconselho dois. Um mais conhecido “Pai Rico, Pai Pobre”, que acaba por moldar a mente relativamente à forma como vemos o termo “investir”, e depois “O Homem Mais Rico da Babilónia”, que acaba também por ser um excelente livro para quem quer começar a investir.

Com experiência, pode-se optar pela independência, mas é vital escolher uma estratégia adequada e empresas que se alinhem a ela. Gerir uma carteira ativa pode exigir algumas horas semanais.

Identificar as melhores ações é crucial, buscando aquelas com bom potencial de lucro em relação ao preço. Utilize indicadores financeiros para discernir entre oportunidades de investimento.

Diversificar é fundamental: uma carteira de 10 a 15 ativos diferentes é o ideal. Em caso de não saber quais escolher, voltamos ao mesmo ponto, investir em REITs ou ETFs pode ser uma escolha mais simples, visto que estes costumam ter uma gestão profissional.

A escolha de ações pode também estar muito relacionada com os temas com que nos identifiquemos. Eu, por exemplo, gosto de tecnologia e entretenimento, pelo que procuro com regularidade quais as ações que acho que estão desvalorizadas, ou que ainda têm muito potencial para crescer. Isto não é aconselhamento financeiro, apenas uma partilha da minha experiência pessoal, que, aliás, já me correu muito mal (especialmente no início.).

7- Como dar uma ordem de bolsa?

Para negociar ações, um intermediário como banco ou corretora é essencial. Abrir uma conta numa corretora pode ser bastante simples, e permite-nos ter um trabalho autónomo. Por um banco, podemos ter uma gestão profissional se assim pretendermos.

Além disso, nos bancos, as comissões tendem a ser maiores.

Deixo abaixo uma lista de algumas das melhores corretoras disponíveis para Investir na Bolsa em Portugal:

E se estiveres a pensar em começar em investir, deixo aqui algumas das plataformas disponíveis no mercado reguladas na União Europeia, e que seguem as regras da CMVM.

Plataformas de Investimento:

Plataforma Benefícios
xtb
Saiba Mais
Sem comissões na compra de Ações, ETFs e REITs. Taxa de conversão de moeda de apenas 0,25%. Permite compra de ações fracionadas*.
trade republic portugal
Saiba Mais
1€ na compra e venda de Ações, ETFs e REITs. Planos de poupança sem custos de compra e venda. Permite compra de ações fracionadas*.
degiro
Saiba Mais
Plataforma segura, e tem um banco por detrás. Comissões na compra e venda de ativos.
trading 212
Saiba Mais
Sem comissões na compra de Ações, ETFs e REITs. Taxa de conversão de moeda de apenas 0,15%. Permite compra de ações fracionadas*.
freedom 24
Saiba Mais
Plataforma que permite investir em mais mercados. Todas as ações são mesmo nossas. Plataforma cotada na NASDAQ. Com Planos de Poupança que rendem até 8,7%.

*Ação Fracionada = Possibilidade de comprar apenas uma parte de uma ação.

Em resumo e mais algumas dicas:

  1. Avalie o seu apetite pelo risco: Esteja ciente das flutuações do mercado e esteja preparado para enfrentar possíveis perdas.
  2. Explore diferentes tipos de investimentos: ETFs, REITs e ações oferecem opções diversificadas para investidores com diferentes níveis de tolerância ao risco e expertise.
  3. Disponha de um capital inicial adequado: Antes de começar a investir, certifique-se de ter reservado um montante que possa ser comprometido sem afetar as suas despesas básicas.
  4. Defina o seu horizonte de investimento: Considere investimentos a longo prazo e esteja preparado para enfrentar volatilidade no curto prazo.
  5. Construa uma carteira diversificada: Distribua os seus investimentos entre diferentes ativos para mitigar riscos e proteger o seu capital.
  6. Dedique tempo à educação financeira: Aprenda sobre o mercado e as empresas nas quais está interessado antes de tomar decisões de investimento.
  7. Escolha a corretora adequada: Pesquise e selecione uma corretora que atenda às suas necessidades e ofereça custos e benefícios adequados ao seu perfil de investimento.

Investir na bolsa em Portugal pode ser uma jornada emocionante e lucrativa, desde que seja feito com cuidado, diligência e conhecimento adequados. Lembre-se sempre de que a paciência e a disciplina são fundamentais para o sucesso a longo prazo.

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