fbpx

Dinheiro dos Descontos é investido em ETFs e Ações

fundo da segurança social etf açoes

Dinheiro dos Descontos é investido em ETFs e Ações

Estratégias para Garantir Reformas no Futuro

Para garantir os recursos necessários para o pagamento das reformas no futuro, o Estado Português tem adotado estratégias de investimento em ETFs (Exchange Traded Funds) e Ações para os fundos de pensão.

Estes fundos têm o nome de FEFSS, que significa Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, e têm tido um bom crescimento ao longo dos anos. Apesar de investir muito mais em dívida pública, o fundo de reserva pode aplicar até 25% do ativo total em ações e ETFs.

Esta prática é fundamental para a diversificação e potencial de aumento dos fundos das reformas, muitas vezes o público em geral não possui informações detalhadas sobre este processo complexo e essencial para a sustentabilidade das pensões.

Neste artigo vamos explorar em detalhe como é que o Estado investe os descontos das pensões em ETFs, destacando a importância e os desafios dessa abordagem que pode passar despercebida pela maioria das pessoas.

Património do FEFSS continua a crescer

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) integra o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS) como um património autónomo para a capitalização pública de estabilização.

Criado em 1989 com 216 milhões de euros, busca garantir a estabilidade financeira da segurança social, cobrindo despesas previsíveis com pensões por pelo menos dois anos, o que nunca foi alcançado.

No final de 2022, o fundo tinha 29,8 mil milhões (comparado com os 23,18 mil milhões de euros no final de 2021), o equivalente a 21 meses das despesas com pensões. Cerca de 54% do património a vir da venda de imóveis e transferências do Orçamento do Estado.

Em 2023, o fundo conseguiu uma rentabilidade de 9,1%, tendo das melhores de sempre

Sob a gestão recente, o FEFSS alcançou uma taxa de rendibilidade média anual de 4,67%, superando significativamente outros fundos de pensões.

Descrição Técnica dos ETFs e o seu Papel nos Fundos de Pensão

Para entender como o Estado investe os descontos das pensões em ETFs, é crucial compreender o que são os ETFs e como funcionam. Os Exchange Traded Funds são fundos de investimento que acompanham um índice específico, como o S&P 500, e são negociados na bolsa de valores como ações.

Eles oferecem diversificação, baixas taxas de administração e liquidez, tornando-se uma ferramenta valiosa para os gestores de fundos de pensão na busca por retornos consistentes e seguros.

No contexto dos fundos de pensão, os ETFs desempenham um papel crucial na alocação de ativos, permitindo uma exposição equilibrada a diferentes setores e regiões do mercado financeiro.

O Estado, ao investir os descontos das pensões em ETFs, busca maximizar o retorno financeiro e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário a longo prazo. No entanto, essa estratégia envolve desafios e cuidados específicos que muitas vezes não são percebidos pelo público em geral.

Estratégias de Investimento e Alocação de Recursos

A escolha dos ETFs em que o Estado investe os descontos das pensões é baseada numa análise criteriosa do mercado financeiro e dos objetivos de longo prazo do fundo de pensão. A diversificação geográfica e setorial é essencial para reduzir o risco e maximizar o retorno dos investimentos. As empresas listadas no relatório, como Rio Tinto Plc, Astrazeneca Plc e Unilever, representam uma variedade de setores que contribuem para a diversificação da carteira e a mitigação de riscos.

Segue abaixo a lista de algumas das ações e ETFs em que o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) investe, juntamente com os seus respetivos códigos ISIN:

Em que ETFs investe o Governo o Dinheiro?

  1. iShares S&P 500 (USD) ETF – ISIN: IE0031442068
  2. SPDR S&P 500 ETF – ISIN: US78462F1030
  3. Vanguard Institutional Index Fund – ISIN: US9220427557
  4. iShares Core EURO STOXX 50 UCITS ETF – ISIN: LU0380865021

Em que Ações investe o Governo o Dinheiro?

  1. Rio Tinto Plc – ISIN: GB0007188757
  2. Astrazeneca Plc – ISIN: GB0009895292
  3. Unilever – ISIN: GB00B80QG615
  4. Vodafone Group Plc – ISIN: GB00BH4HKS39
  5. Bnp Paribas – ISIN: FR0000131104
  6. Volkswagen – ISIN: DE0007664039
  7. Allianz – ISIN: DE0008404005
  8. Siemens – ISIN: DE0007236101

Estes investimentos em ações e ETFs representam uma diversificação significativa nos setores de mineração, farmacêutica, bens de consumo, tecnologia, automotivo, financeiro e nos índices S&P 500 e Euro Stoxx 50.

Além disso, os ETFs como o iShares S&P 500 (USD) ETF e o Vanguard Institutional Index Fund oferecem uma exposição a índices renomados e consolidados, como o S&P 500 nos EUA.

Desafios e Oportunidades: O Futuro dos Fundos de Pensão

Investir os descontos das pensões em ETFs apresenta desafios, como a volatilidade do mercado e a necessidade de uma gestão ativa e responsável dos investimentos. No entanto, a transparência, a diversificação e a seleção criteriosa dos ativos podem gerar retornos sólidos e sustentáveis para garantir o pagamento das aposentadorias no futuro.

É fundamental que o público em geral compreenda a importância dos investimentos em ETFs para os fundos de pensão e como essa prática influencia diretamente a segurança e a estabilidade das pensões.

No entanto, estamos a falar de um risco baixo, já que estes têm gestão conforme o que se acredita que vá acontecer no futuro. E aliás, com uma lista tão grande ETFs e Ações, a volatilidade deste fundo permanece baixa.


Investir os descontos das pensões em ETFs é uma estratégia eficaz para garantir a diversificação, reduzir os riscos e maximizar o retorno dos fundos de pensão.

Embora muitas vezes não seja de amplo conhecimento do público em geral, a gestão responsável e transparente dos investimentos em ETFs é fundamental para a sustentabilidade do sistema previdenciário e para o bem-estar financeiro dos aposentados.

Fonte: RC FEFSS 2022

Publicar comentário